quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ciência animal tropical


Veja o senhor Professor Rafael,

o que é a (cons)ciência animal tropical. Um grande amigo nosso estava no arredores do Tocantins. Ele caçava Tolypentis tricinctus, o vulgo Tatu; e como o cara é macho pra caralho sempre fazia isso às unhadas. Naquele dia de infortúnio, porém, levava um facão. Avistado um mexe que mexe no fundo de um descampado, acelerou o passo. Atacou preciso. Pegou o tatuzinho  pela calda e ia passar o bicho no facão. Neste momento de hombria desatada, suas narinas ofegantes, ficaram frente a frente com o animal que virou e disse em português muito correto: "Num cridito, num cridito, num cridito que cê vai fazê isso cum Gonçalim". O Nilson percebeu um certo amargor fatalista na voz saudável do Tatu. Isso o senhor sabe, não acontece todo dia. Mas ele nunca mais pisou um centímetro que fosse dentro de qualquer coisa verde, o que inclui grama de plástico. Por exemplo, quando viajou pela BR 153 no mês de julho e se viu obrigado a aliviar sua virilidade da pressão da urina, parou o carro e mijou loucamente no asfalto ardente, sentindo a evaporação de seus hormônios. Não sei o que explica atitude tão drástica quanto às coisas verdes, saberá o senhor professor Rafael?


Att

Professor Dernival

Nenhum comentário:

Postar um comentário